Resident Evil 0 - Analise


Resident Evil 0


Publicado por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom Production Studio 3
Gênero: Survival-horror
Diretor: Koji Oda
Plataforma: Gamecube
Data de lançamento: 12 de novembro de 2002
Faixa etária: Mature


Resident Evil Zero gamecube analise https://32bitplayer.blogspot.com/


Resident Evil 0 foi produzido pela Capcom em 2002, cronologicamente, a sua história equivale ao princípio de tudo, antes do primeiro jogo. Na verdade,  um dia antes, durante e após o primeiro jogo, confira nossa analise do primeiro game da serie.

Desta vez, controlaremos Rebecca Chambers, a menininha medrosa que não servia para nada no primeiro jogo, e atacou Chris Redfield com um spray curativo na primeira vez em que se encontraram. Só que, agora, com um novo visual, ela está bem mais ameaçadora, usa armas e enfrenta monstros, ganhando o papel de protagonista do jogo.

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Bem, parece que a Capcom se esqueceu da bandana vermelha no cabelo dela, e da pele bronzeada, mas, de resto, está tudo em ordem. A maior diferença está nas atitudes de Rebecca. Ela usa armas e não hesita em disparar em monstros e mortos-vivos, tão logo eles apareçam na frente dela. E não tenta mais usar sprays de cura como arma, o que já representa uma melhora fundamental. Mas Rebecca possui um sério problema: ela é insegura e não consegue ficar sozinha por muito tempo. Deve ser um problema de infância. Então, toda vez que ela vê um rapaz forte e musculoso, ela não resiste e tenta ficar ao lado dele, sendo totalmente incapaz de prosseguir sem alguém ao seu lado. No primeiro jogo, era Chris Redfield, mas agora ela se apega ao Billy Coen, um perigoso assassino condenado à pena de morte que estava sendo transportado por um helicóptero, mas ele tombou e ele se refugiou em um trem caído. Veja só que coincidência: Rebecca também estava em um helicóptero, que passou por pequenos probleminhas técnicos e foi obrigado a pousar, e então se refugiou neste trem! Deve ser por tanta coisa em comum que ela resolveu esquecer que ele é um assassino procurado pela justiça e aceitou que ele bancasse seu guarda-costas por um tempo.

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Resident Evil 0 possui novas características de jogabilidade, que diferenciam esse jogo dos demais. A principal mudança é que, após os dois se encontrarem e fazerem as pazes, e Coen salvar a vida de Rebecca para que ela perceba o quanto ele pode ser útil, o jogador pode jogar com os dois, e não com um só. Sendo um deles o principal, ele fornece ordens complexas, do tipo "venha" ou "fica aí", das quais a outra pessoa obedece prontamente. Em combates, a segunda pessoa auxilia para derrotar os inimigos, e tudo o mais. Além disso, o jogador pode trocar entre os dois, quando ele quiser. Então, quando um infortúnio acontecer com um deles, de modo a se separarem, poderemos percorrer os dois caminhos, um de cada vez. É muito comum termos de racionar itens, passando armas e itens de um para o outro, afinal, cada um possui as suas vantagens em relação ao outro. Rebecca, por ser uma médica formada, é capaz de mixar ervas coloridas e criar fortes combinações de cura. Billly, por sua vez... Bem, ele não possui habilidade nenhuma, mas ele é forte o bastante para empurrar uma mesa e possui um isqueiro sem óleo. É, é isso. Ele não consegue nem sequer mixar ervas, coisa que todos os outros personagens da série, fossem eles médicos ou não, eram capazes de fazer. Mas ele, por sua vez, não consegue. Vai ver, por ter estado na cadeia, ele perdeu o curso livre de mixagem de ervas coloridas.

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Bom, outra diferença na jogabilidade é a nova possibilidade que os personagens têm de poder jogar coisas no chão. Isso mesmo, não quer alguma coisa? Jogue no chão. O item permanecerá sempre ali, naquele sala, e poderá voltar para pegá-lo quando quiser. O mapa até informa quantos itens deixou no chão, e em que salas eles se encontram. Isso elimina a existência daqueles misteriosos baús de itens, em que deixávamos um item e ele magicamente reaparecia em todos os baús da mesma montadora que estavam convenientemente posicionados em todos os locais do jogo. Vale ressaltar que, por mais opaco que seja o item, basta jogá-lo no chão e ele começa a brilhar fortemente do nada. Este é um mistério incompreensível. Outro mistério aparentemente sem solução é que, por mais dispersos que tenhamos deixado os itens, sempre que trocamos de ambiente, por exemplo, quando o trem se torna inutilizável, imediatamente todos os itens deixados passam a se tornar disponíveis em um único lugar. É como se alguém recolhesse tudo e deixasse lá para eles, ou algo assim.
Fora isso, tudo está conforme os outros jogos da série. Seguir em círculos de um lugar para o outro, pegando chaves, cartões, manivelas e outras quinquilharias para resolver quebra-cabeças toscos e abrir passagens ultra-secretas que não levam a lugar nenhum. Ah, e também pode esperar por encontrar manuais, diários e guias de bordo espalhados pelo jogo, falando um monte de baboseira que não ajuda em nada.

Alguns inimigos novos aparecem aqui. Além de zumbis lentos e cachorros chatos, teremos de enfrentar alguns monstros estranhos, como caranguejos enormes, centopeias gigantes, macacos raivosos, entre outros. Tem até um zumbi explosivo! Ah, e, desta vez, nosso inimigo principal, além de Wesker, é um rapaz cantor de ópera. Ele canta com uma voz bem afeminada, tem um jeito duvidoso e veste roupas fora de época, mas é ameaçador porque consegue controlar bichos rastejantes do esgoto e fazê-los voarem em helicópteros. No final do jogo, descobrimos que se trata de um velho maluco, que, após ser assassinado por Wesker e Birkin por nenhum motivo, ele inala um dos vírus que criou e rejuvenesce alguns anos.
No final, Rebecca e Coen se despedem e vão embora. Coen jamais é visto em nenhum outro jogo da série, assim como a Rebecca, e ambos são completamente esquecidos pela Capcom.

A única diferença vital deste jogo para os outros é a ausência de baús e a possibilidade de se controlar dois personagens ao mesmo tempo. Isso torna a experiência um pouco mais interessante. De resto, são melhorias superficiais que não ajudam muito. Necessário para os amantes do gênero e da série, mas é só.




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